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terça-feira, 5 de outubro de 2010

ORIGEM DA FAMÍLIA RODRIGUES TORRES - parte IV (4)

... continuação de Os seis (6) filhos de Mário e Eulalina_Eulá

(4º) filha: MARIA DE LOURDES TORRES SARDENBERG e sua Família com WALTERSON SARDENBERG

Nascida em Botucatu, no dia 7 de fevereiro de 1926, sempre foi conhecida por MARIA SARDENBERG por todos os conhecidos e, somente MARIA, pelos familiares. Maria formou-se professora na Escola Normal, porém, nunca lecionou. Aos 18 anos de idade, após um noivado desfeito, conheceu Walterson em uma domingueira no Clube 24 de Maio e começou a namorá-lo. Após quase dois anos, eles se casaram, no dia 7 de julho de 1945, quando Maria tinha 19 anos e 5 meses de idade, completos.
Ela sempre se dedicou à criação dos 8 filhos e ajuda aos pobres e necessitados, pois era muito caridosa.
Maria fazia parte de uma Entidade Religiosa de Senhoras, denominada “Damas de Caridade”, da qual foi colaboradora e presidente por várias vezes durante muitos anos, as atividades eram desenvolvidas nos porões e salão de festas da Igreja Nossa Senhora de Lourdes (foto abaixo, à esquerda), localizada na esquina da praça que tem o nome de seu bisavô, Coronel Raphael Augusto de Moura Campos, mais conhecida como Praça Cel. Moura.


Entidade essa que também mantinha uma loja, no centro comercial de Botucatu, para exposição e venda dos produtos produzidos pelas beneficiadas, onde ela sempre estava e ajudava muito. Ela também vendia, pessoalmente, para todas as cunhadas, filhas, sobrinhas etc. esses produtos para casa, manufaturados.
Em sua homenagem ergueu-se e denominou-se um centro educacional infantil: “CEI - Maria de Lourdes Torres Sardenberg”, situado na Avenida Mirabeau Camargo Pacheco, s/nº, no Conjunto Habitacional Doutor Antônio Delmanto, em Botucatu/SP.

WALTERSON SARDENBERG era natural de São José do Rio Pardo/SP, nascido no dia 26 de setembro de 1923 era o segundo filho de Izalco Sardenberg, bancário e da dona Leomênia Pereira Sardenberg, e era chamado de NENITO, por seus familiares. Seus quatro irmãos foram: o mais velho (1) Izalco Sardenberg Júnior que se casou com Maria Cândida Bacellar Sardenberg_Doca, com quem teve três filhos: 1- Sônia Maria; 2- Cecilia Maria Sardenberg, divorciada e com 2 filhos: João e Marina Sardenberg Karranka casada Eduardo Karranka e com uma filha: Luana; e 3- Walterson Sardenberg Sobrinho casado com Maria Luiza Carrilho Sardenberg, com 2 filhos: Vitor e Júlia Sardenberg; (2) Walkyria Sadenberg casada com Arnaldo Farinas, médico, não tiveram filhos; (3) Gilda Sardenberg Moraes Barbosa casada com Albino de Moraes Barbosa, tiveram duas filhas: Ana Lucia e a Ana Luiza; e (4) Lincoln Sardenberg, conhecido por Linquinho, casado primeiramente com Maria de Lourdes, apelidada de Lula, uma espanhola e, depois que se aposentou, como funcionário público, mudou-se para Curitiba e se casou, pela segunda vez, com uma viúva, com quem ficou até falecer, muito jovem.

Seu pai, Izalco Sardenberg, sempre sonhou em ser militar, porém, com a morte prematura de seu pai, abdicou de seu sonho, pois, como filho mais velho foi trabalhar no Banco do Brasil, onde fez carreira e ajudou sua mãe a criar os irmãos menores, com muito esforço, porém sucesso, uma vez que todos estudaram e se formaram. Por sua influência e para sua alegria e ironia do destino, seus três irmãos homens fizeram uma bela carreira militar. A única irmã, a caçula, também estudou e se formou. Devido à sua carreira no Banco do Brasil, moraram em muitas cidades do Estado de São Paulo, ou seja, na capital e em várias cidades do interior, sendo uma delas, São José do Rio Pardo, onde nasceu Walterson.

(Colégio São Bento, em São Paulo/SP)
Walterson foi muito pequeno para São Paulo onde se criou e estudou, por isso, nunca teve lembranças de sua cidade natal.  Em São Paulo, capital, formou-se em Contabilidade, no Colégio São Bento. Ele costumava dizer que era "contador de lorotas". Após sua formatura, prestou concurso para o Banco do Brasil, passou e foi nomeado para a cidade de Botucatu.
Quando sua família recebeu a notícia, ficou intrigada, pois, ninguém tinha ideia de onde se localizava essa cidade e foram correndo ver no mapa. Então, descobriram que o único acesso era de trem e que demorava, aproximadamente, seis horas de viagem, São Paulo para Botucatu.

Walterson foi para Botucatu morar numa Pensão, assumindo seu posto, no Banco do Brasil, aos 19 anos de idade. Ele só voltou para São Paulo após seis meses de trabalho e, quando lá chegou, sua mãe dona Léo, ficou muito brava, pois Nenito (seu apelido) estava muito magro. Sua mãe disse a seu pai que Nenito, não deveria mais voltar para Botucatu, porque estaria passando fome, pois estava comendo muito mal e, morando numa pensão, sabia-se lá de qual qualidade. Ela também queria que fosse arrumada, com a maior urgência possível, uma transferência para Nenito.
  
Acontece que Walterson, apesar de ter sido criado em São Paulo, tendo estudado no Colégio São Bento, foi sócio do Club Athlético Paulistano (foto ao lado) da capital, insistiu em voltar para Botucatu.
Isso porque, da cidade de Botucatu gostou tanto, que era um de seus maiores defensores, jamais querendo sair de lá.
Durante sua carreira no Banco do Brasil, por duas vezes, teve a oportunidade de mudar para outra cidade, com uma promoção, mas, nunca aceitou, pois, já estava enfeitiçado pela cidade, pela família de sua mulher MARIA, que começava a crescer, a família  Rodrigues Torres, com a qual ele se identificou bastante, foi amigo e muito querido por seus membros, durante toda sua vida.

Quando se casaram, MARIA e WALTERSON foram morar na casa de número 558 da Rua General Telles, onde nasceram seus primeiros filhos: Carlos Alberto (Deto) e Celmira (Mira).
Depois, mudaram para outra casa, em frente ao Botucatu Tênis Clube, na mesma rua. Mais tarde e por um longo tempo, moraram na rua Velho Cardoso, onde nasceram os outros quatro filhos: Izalco, Renato, Trajano, Arnaldo e Rubens. Durante o tempo que moraram nessa casa foram construindo com muito capricho a grande casa da Rua Cardoso de Almeida, nº 310, em frente ao muro de fundo da Igreja Nossa Senhora de Lourdes, onde nasceu sua filha caçula, Maria Leomênia (Léo).
Nessa belíssima casa, além de grandes quartos de dormir, para abrigar todos os filhos, havia uma enorme sala de almoço, com uma mesa de uns 3 metros de comprimento, onde todos faziam as refeições, sempre juntos.
Com o passar dos anos, os filhos foram se casando e saindo dessa grande casa, quando ela se tornou muito vazia para o casal, mas, logo vieram muitos netos e ela se tornou repleta, novamente. MARIA e WALTERSON, tiveram que construir um sobrado no quintal, para as acomodações ficarem mais aconchegantes para os filhos, porque a família cresceu bastante, de verdade!
Hoje, nessa casa, está instalado o Escritório de Advocacia de um de seus sobrinhos e um sobrinho neto, filho e neto, respectivamente, do irmão caçula de MARIA, Agostinho, conhecido por Guto.

Walterson
aposentou-se aos 49 anos de idade, após exatos 30 anos de trabalho, no ano de 1972.
Após algum tempo de aposentado foi convidado para ser contador da unidade Municipal “Creche Berçário Criança Feliz”, aceitou e lá ficou durante mais de 20 anos. Hoje, a sogra de um sobrinho seu é diretora dessa creche e dois sobrinhos-netos prestam serviço comunitário, criando, organizando, administrando e fotografando uma belíssima banda musical, que participa honrosa e orgulhosamente de todos os eventos festivos, dessa cidade de Botucatu.





Crianças assistidas pela Creche Bercário Criança Feliz apresentaram a peça teatral "Quebra Nozes", foto de Rodrigo Scalla, em frente à Creche - 6/1/2009

Parte da Banda Marcial da Creche Bercário Criança Feliz, aguardando para se apresentar no desfile de "7 de setembro" de 2010, foto de Gi Bonini


Maria faleceu no dia 10 de agosto de 1994 e Walterson não aguentando sua falta, faleceu no dia 21 de outubro do mesmo ano, após 72 dias.

MARIA e WALTERSON tiveram oito filhos: Carlos Alberto, Celmira, Izalco, Renato, Trajano, Arnaldo, Rubens e Maria Leomênia, todos casados e com filhos e, alguns já com netos.


...continua em breve!